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O objetivo desse curso é analisar o atual cenário do jornalismo brasileiro com base em referências históricas, ampliando a visão do participante sobre a profissão com auxílio de outras áreas do conhecimento humano.
Estudantes e profissionais de comunicação e demais interessados no tema.
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Jornalismo: o futuro do jornalismo
O fechamento de jornais impressos nos Estados Unidos e a ascendência da Internet como meio primário de difusão e troca de informações criou ansiedade entre proprietários de meios de comunicação, diretores de redação, editores e jornalistas, sobre o futuro da profissão, e se ele existe. Mas o jornalismo tem futuro, desde que invista no que tem de único e diferente em relação a outros ofícios que também lidam com a difusão de notícias: clareza e objetividade em uma linguagem sucinta, visão abrangente dos fatos sociais, interpretação do peso destes fatos, incentivo a quem ela se dirige a se interessar pela realidade exterior.
Caso paralelo: pintura x fotografia no século XIX.
Tal como o jornalismo, a pintura, no campo das artes, foi uma atividade que teve sua morte anunciada muitas vezes. Uma delas, talvez a mais forte, foi a partir da invenção e difusão da fotografia, no século XIX. Mas a pintura se renovou e foi neste período que surgiram alguns dos mais populares e mais valorizados artistas hoje em dia - Cézanne, Gauguin, Van Gogh, Monet e Renoir - a partir do momento em que ela dedicou-se às suas características intrínsecas - a combinação de formas e cores numa tela plana - e abandonou uma função que era plenamente exercida pela fotografia - a narrativa através de personagens ou paisagens retratadas.
Riscos da profissão:
A armadilha da "conscientização". Ninguém imagina uma faculdade de medicina que ensine que saúde é um mal para o ser humano ou uma escola politécnica onde os engenheiros sejam orientados e não aprender cálculo diferencial. Mas uma situação similar é extremamente comum nas escolas de jornalismo, especialmente nas universidades públicas: os alunos são ensinados a desconfiar e rejeitar dois dos fundamentos da profissão: a liberdade de expressão e a clareza, muitas vezes em nome de doutrinação política com o nome de "conscientização". O resultado, ao contrário do que se espera, não é formar profissionais mais questionadores, o que melhoraria o nível da profissão, mas mais desinteressados, conformistas e menos capazes de transmitir informações consistentes com clareza.
A armadilha da reforma gráfica.
A reforma gráfica é visto como uma panacéia para jornais e revistas se renovarem. Mas sem um conteúdo consistente para encher as fôrmas do novo desenho, a forma pode ter o efeito contrário - afugentar os antigos leitores sem atrair novos.
A armadilha do Melhor Jornal Imaginário do Mundo.
O Melhor Jornal Imaginário do Mundo também é o maior: ele tem uma filial em cada mesa de bar onde jornalistas se reúnem após o trabalho, cada evento social que reúna muitos profissionais do meio. Entrar nele também é fácil: basta começar a reclamar do chefe, das pautas que você recebeu, das pautas que você poderia ter feito se não fosse as que recebeu, do livro que você gostaria de escrever sobre aquele assunto que foi muito mal-explorado pela imprensa. Profissionais assim logo galgam cargos no Melhor Jornal Imaginário do Mundo - e ficam parados na carreira, nas redações do mundo real.
A formação do jornalista moderno.
Se você está ligado nas redes sociais, conhece os vídeos do youtube mais populares, os tweets mais trendies, a frase de efeito que está circulando como comentário sarcástico em comentários na internet, parabéns - você está plenamente preparado para ser um adolescente. Para ser um bom jornalista, dedique-se a ler - especialmente aqueles livros e autores que defendem ideias com que você não concorda - e a conhecer, mesmo que superficialmente, a maior variedade de assuntos - especialmente aqueles que você acha chatos.